Sextou no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. A mostra competitiva de hoje reserva première dos curtas Como respirar fora d’água e Cantareira às 22h30. Como respirar fora d’água encara o racismo estrutural e a violência policial, retratando a vida de Janaína, jovem negra e lésbica que convive com a presença da polícia dentro e fora de casa. Cantareira leva um jovem trabalhador estafado da vida que leva no Centro de São Paulo de volta à casa do avô na Serra da Cantareira, onde cresceu.
Os desafios de adaptação a eventos inesperados são personificados por Andrea Beltrão no longa Ela e Eu. Sua personagem acorda de um coma após 20 anos, tendo que reaprender a falar, andar, enxergar, enquanto compreende as mudanças do tempo. O longa de Gustavo Rosa de Moura estreia às 23h30 no Canal Brasil e à 01h30 da madrugada do sábado (11) na InnSaei.tv, ficando disponível até às 23h30. Além de Beltrão, o filme apresenta Du Moscovis, Mariana Lima, Jéssica Ellen e grande elenco.
Às 20h a Mostra Brasília estreia o longa Noctiluzes, ficção de Jimi Figueiredo e Sérgio Sartório sobre o encontro casual de três desconhecidos na madrugada, num píer qualquer. Oportunidade de ver em cartaz o visceral ator candango Chico Sant’Anna. No mesmo dia estreiam também os curtas Benevolentes, de Thiago Nunes, documentário que reflete como o DF encara o racismo; e Ele tem saudade de João Campos, ficção que extravasa sentimentos acometidos diante das incertezas da pandemia. Disponíveis até às 20h do dia 12 de dezembro.
Última chance
Última oportunidade para assistir Rolê – Histórias dos Rolezinhos, de Vladimir Seixas, manifesto sobre a luta antirracista brasileira. Disponível somente até às 20h de hoje, na mostra Memória e Linguagens. Expiram às 20h os filmes Tempo de Derruba, Tinhosa e O Mestre da Cena (Mostra Brasília. Às 22h30 nos despedimos dos curtas Deus Me Livre e Adão, Eva e o Fruto Proibido (Competitiva).
Adrian Cowell e o cinema na Amazônia
Após uma década da morte do cineasta inglês Adrian Cowell, sua obra ainda ressoa em realizadores de documentário. Responsável por documentar momentos históricos, tais como as expedições dos irmãos Villas Boas no Xingu nos anos 1960, a luta de Chico Mendes e o movimento dos seringueiros pela criação de reservas extrativistas no Acre, Cowell é homenageado em debate especial, reunindo Ailton Krenak, Frederico Mael, Stella Penido, Gustavo Cepolini, Elisabete Kitamura, Brent Millikan, Felipe Milanez, e Adriana Ramos (entre na atividade).
Acorda pra falar de cinema!
Às 10h você pode acompanhar o debate entre equipes dos filmes Lavra, Filhos da Periferia e Chão de Fábrica, mediado por Hermes Leal (entre na atividade); ou assistir ao seminário A importância dos cineclubes na era digital, com Carolina Paraguassú, Ricardo Cota, Adaílton Medeiros, Marialva Monteiro, Indaiá e Solange Moraes (entre na atividade).
Mais tarde, às 16h30, a atividade O cinema no futuro próximo aponta caminhos possíveis para revoluções da linguagem cinematográfica. Com Gabriela Amaral Almeida, Caru Alves de Souza, Maya Darin, Vladimir Seixas e Pedro Butcher (entre na atividade). Às 17h, as equipes dos filmes Acaso, Filhos da Periferia e Cavalo Marinho entram em debate, sob a mediação de Juliana Coutinho (entre na atividade).
A masterclass de hoje recebe ao meio-dia o premiado cineasta israelense Amos Gitai, com mais de 70 filmes no currículo, entre eles O dia do Perdão – Kippur (2000) e Kedma (2002). Também arquiteto, Gitai pensa sua obra como uma arquitetura da memória de eventos marcantes de Israel (entre na atividade).